Ecos
Ouço gritos
Paridos nos porões
Da alma conturbada
E corro...
Braços estendidos,
Cúmplices
Que tateiam nas paredes viscosas
Do nada, do sempre, do nunca...
Chicotadas indevidas
Ardem-me nas costas
E a escuridão emoldura
Meu desespero.
Encontro suas mãos
Trêmulas, suadas, com medo,
E seus olhos sorriem
Por baixo da última lágrima.
Cedo meu ombro
Beijo sua boca
E seus gritos são,
Enfim,
Apenas novos gemidos de prazer.
Anderson Fabiano
Este poema se complementa com o poema Mudez, de Helena Chiarello, postado no Revelar.
Imagem: Google
12 comentários:
Fabiano,sou suspeita pra falar,mas adorei sua poesia e se permitir,já vou levar pra postar no meu cantinho!bjs,
Simplesmente vinda do coração!Linda demais!Bela complementação! abração e tudo de bom aos dois nessa nova semana! chica
...e é um poema para se ler com o coração e a alma...e com amor se escrevem os mais belos poemas, as mais ternas canções e as mais doces serenatas.
Uma ode à mulher amada...magnífica declaração do sentimento mais profundo.
Bjsssss para os dois queridos,
Leninha
...e fiquei num" pensativo cigarro"!
Mudez e Eco. Ou a beleza do Eco te emudeceu, ou a Mudez da poesia em silêncio provocou o Eco...
Seja como for, a minha admiração enorme por poesias tão únicas, tão sentidas. E um Homem quando ama e se afirma assim, é um verdadeiro príncipe!
Parabéns amigo Fabiano
Parabéns querida Helena por esse maravilhoso companheiro!
O meu abraçoenormeeamigo
SEMPRE!
Que lindo!!!!!
São tantas emoções: amor, angústia, prazer... Medo, dor, prazer... Desespero, alegria, prazer...
Encantei-me com tão bela poesia!!!
São ecos que agradam, Fabiano.
Depois de dúvidas e sofrimentos que a Vida nos impõe, o calor da mulher amada nos consola plenamente!
Aquele abraço,
Jorge
Fabiano,hoje passei aqui pra agradecer seu gentil e amoroso comentário lá no Recanto!Ter vc e a Helena em meu blog sempre é uma grande honra pra mim,eu é que agradeço!Fique bem e se cuide!BJS e bom domingo pra vcs!
Sei que sabe o que tenho a dizer em cada silêncio, em cada "mãos trêmulas", em cada temor, em cada sorriso que meu olhar consegue dar "por baixo da última lágrima".
Sei que sabe que a minha "Mudez" fala muito mais do que a voz que eu precisaria pra dizer AMO VOCÊ!
E sei que sabe tudo o que vejo, sei e acredito quando repito as palavras FÉ, ESPERANÇA, CONFIANÇA e AMOR.
Amo sim! Sempre!
Passando para agradecer a visita no blog e desejar um excelente dia.
Aquele abraço, Fabiano.
Jorge
Tudo é amor neste poema! Amor verdadeiro desses de doar-se por inteiro, desses de curar qualquer dor. Belíssimo! Lirismo e sentimento profundos!
Vi seu livro empilhado na participação da Chica e vim conhecer o escritor e poeta _ muito linda cumplicidade num amor um tantinho doído rs
abraços e bom domingo
E ai de ti que assim não seja. Sortudos!
Postar um comentário