Vasculho o Olimpo
Atrás de deusas
Cujas vestes te sirvam...
E nada!
Apenas senhoras esquecidas
Decrépitas e decaídas.
Sem serventia aos deuses,
Nem aos homens.
Como te sei
Minha melhor amante,
Tento Vênus.
Qual nada...
Desde Juno, deu-se a tantos,
Que hoje, qual puta de bordel,
Jogada entre lençóis encardidos
Cercada de estrelas amarelecidas.
Até Dianas, encontro sob seus véus.
Tu és mais, amada minha!
Diante de um Zeus furioso
Sou Deus também,
Desafiador e acintoso
E crio você
Como deusa, musa e minha!
Amém!
Retorno ao leito humano,
Contemplo sua inocência de mim.
E como um herege profano,
Deito minha boca em teus seios,
Perco-me em teus cabelos
E profano o santuário
Do teu corpo.
E, no orgasmo longo e devasso,
Consagro-te, sem nenhum favor,
Mitologicamente
Suma, sacra e serena,
Mas, simplesmente Helena
Deusa do Melhor Amor!
Anderson Fabiano
Imagem: Google