05/10/2013

Rascunhos noturnos

















Rascunhos noturnos

Esta noite quero a chuva.
Chuva forte.
Forte, inclemente e barulhenta
Pra ver se aplaco de vez
A fúria da alma inquieta e sedenta.

Não quero a Lua!
A Lua não me serve esta noite.
Pois já tenho a Lua
Deitada ao lado, qual fêmeamada
Linda e nua.

Quero que a noite seja escura.
Bem escura,
Pra que a dor seja intensa,
Genuína e pura.

Quero sentir medo,
Temer angústias e fantasmas,
Dormir acordado
E acordar bem cedo.

E no primeiro Sol,
Desdenhar a morte,
Reencontrar meu norte.
Renascer em seu sorriso,
Reunir meus estilhaços
E me perder de vez
No seu melhor abraço.

Anderson Fabiano

6 comentários:

Maria Helena Sleutjes disse...

Esta doce certeza de amar e ser correspondido, faz a vida melhor! Abraços aos dois!!

Alís disse...

Intensidad, en las palabras y en el sentimiento que reflejan.

Un abrazo

Helena Chiarello disse...

Queria saber as chuvas, para que viessem sempre brandas, noturnas e sem ventos. Queria saber a Lua, para que trouxesse a luminosidade e a certeza calma de que nenhuma noite é totalmente escura. Queria saber a cura para afastar a dor.
Queria saber a coragem para afastar os medos e os fantasmas. Queria saber a Vida, para que cada abraço fosse sempre o primeiro e o melhor, e não o "último" como escreveu na versão anterior desse poema...
E renascer a cada dia, meu amor, em cada sorriso, é o melhor jeito de desdenhar qualquer coisa que não se deseje!
Beijo, amo, beijo!...

Evanir disse...

Anderson.

O tempo passou meu amigo mais nunca esqueci seus belíssimos poemas.
Hoje para matar as saudades estou aqui curtindo a cada poema aqui postados.
Estou levando seu link para estar sempre aqui e quem sabe você ainda me permite postar poemas seus no meu blog.
Anderson, ficarei feliz se aceitar meu link.
Um feliz Domingo beijos , Evanir.

Anne Lieri disse...

Anderson,mais um poema apaixonado,lindo demais!Obrigada por sempre dividir conosco essas pérolas! Bjs,

Jorge Sader Filho disse...

Vibrante! São bons de ler poemas onde a paixão e os sentimentos estão presentes!
Abraço, Anderson.
Jorge