
Indignação
....................Poesia, limite tênue
....................Entre verdade e fantasia.....................Por vezes, armadilha.
Palavras amontoadas,
Ingaias palavras,
Tomando emprestadas
Máscaras de inocência
Para as maldades disfarçadas.
....................Vida é coisa de tempo.
....................Assim,
....................Princípio, meio e fim.
Finge a ignorância
Dos limites que separam
O real e o irreal.
E por falta de escrúpulos,
E pura cafajestagem,
Finge misturar
Autor e personagem.
....................Não basta o dedo em riste.
....................Ninguém pretere
....................O que não existe.
Aleivosias insanas,
Rondadas por chulas chicanas,
Não cabem no sossego,
Nem corrompem a harmonia
De paixões nascidas
Da mais pura alquimia.
....................Príncipes, cervos, solstícios...?
....................Palavras vãs
....................Servas de manifestos malefícios.
Entendo as Letras
Que brindam o amor,
Encontros e desencontros, talvez...
Mas palavras amontoadas
Por puro sortilégio
Não sobrevivem ao tempo,
Muito menos à razão,
..........Pois apenas são
....................Insanos sacrilégios.Anderson Fabiano
“Perder-se... Ninguém acha o caminho certo sem se perder antes”. Fabrício Carpinejar
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