Um setembro em Blumenau
Agora chove!
Não a chuva impiedosa,
Destruidora,Mas, chove.
Minha gente, loura gente,
Tedesca e solene,
Vê o cinza roubar o azul
E teme.
(Sequelas de uma tragédia recente).
Agora chove!
Mas chuva mansa, arrependida,
Quase um pedido de desculpas.
A moça loura sorri e segue.
A laranjeira agradece
E se permite florar.
E a Poesia, enfim,
Pode, simplesmente,
Ir e voltar.
Anderson Fabiano
Imagem: Acervo do autor
PS: Veja também "Ressaca de pânico" em Crônicas & irreverências