18/04/2011

Indignação



Indignação

....................Poesia, limite tênue
....................Entre verdade e fantasia.
....................Por vezes, armadilha.

Palavras amontoadas,
Ingaias palavras,
Tomando emprestadas
Máscaras de inocência
Para as maldades disfarçadas.

....................Vida é coisa de tempo.
....................Assim,
....................Princípio, meio e fim.

Finge a ignorância
Dos limites que separam
O real e o irreal.
E por falta de escrúpulos,
E pura cafajestagem,
Finge misturar
Autor e personagem.

....................Não basta o dedo em riste.
....................Ninguém pretere
....................O que não existe.

Aleivosias insanas,
Rondadas por chulas chicanas,
Não cabem no sossego,
Nem corrompem a harmonia
De paixões nascidas
Da mais pura alquimia.

....................Príncipes, cervos, solstícios...?
....................Palavras vãs
....................Servas de manifestos malefícios.

Entendo as Letras
Que brindam o amor,
Encontros e desencontros, talvez...
Mas palavras amontoadas
Por puro sortilégio
Não sobrevivem ao tempo,
Muito menos à razão,
..........Pois apenas são
....................Insanos sacrilégios.

Anderson Fabiano


“Perder-se... Ninguém acha o caminho certo sem se perder antes”. Fabrício Carpinejar

Imagem: Google